quarta-feira, 14 de julho de 2010

terça-feira, 13 de julho de 2010

Dia Mundial do Rock n´ Roll

Viva! o dia mundial do rock, som, música, estilo e gênero extremamente democratico e plural, oriundo de uma mistura eletrizante entre o jazz (africano) e blues (americano), que rapidamente se associou quase que por osmose a luta pela liberdade de comportamentos, moda e atitudes, sua expressão comtemplou uma forte conscienciência política e histórica, pesado, melódico, trash, punk, psicodelico, na verdade podemos dizer que do barulho da guitarra alta teve gênese a uns dos mais insteressantes instrumentos da invenção humana iniciando assim, uma nova era da humanidade, a "era do Rock n´roll" (Rafael agostinho)

domingo, 11 de julho de 2010

Contribuição ao estudo sociológico dos mercados Nagôs do Baixo Daomé.(Pierre Verger, Roger Bastide)

O texto repercute a constituição do mercado africano, pormenorizando em sua riquíssima descrição os seguintes aspectos norteadores de sua compreensão; sua estrutura e os diversos tipos de mercados e comercio, sua organização social e a compactação de sua rede social, o cotidiano urbano e rural, a relação de gênero no trabalho, a relação econômica entre os compradores e vendedores dos mercados, a chegada desse tipo de mercado e comercio na América pré-comlobiana Portuguesa e Espanhola e a influencia da industrialização e a construção de estradas no transporte e na ligação dos mercados, este ultimo ponto, tem forte ressonância no mercado e nas distintas sociedades africanas do baixo do Daomé, mas especificamente sobre os povos Seketé-ketu e os de influencia Ioruba, formadora da nação nagô.
O Pierre Verger, de principio argumenta que coexistem diferentes tipos de comercio e mercado presente no cenário africano, colocando numa ótica tradicional do ponto de vista conceitual, o mercado da África, aonde a compra e a venda dos produtos se realizam dentro do mercado e não no local da produção, tornando-se distinta da formação dos mercados europeus, pois a negociação ocorre diretamente entre o vendedor e o comprador, sem intermediários, pois os vendedores vêem muitas vezes a pé, de ônibus ou caminhão, carregando sua própria mercadoria, e é proibido a comercialização anterior ao local do mercado, protegendo assim os pequenos comerciantes e equilibrando a livre concorrência, os preços na maiorias das vezes é fixo num determinado mercado.
Há também de explanar a existência de diferentes tipos de mercados; o grande mercado, que acontece geralmente durante o dia, que reúne uma grande concentração populacional de distintas regiões e etnias realizados a cada 4 dias, fixada num determinado local de acordo com dia de determinada divindade da religiosidade tradicional africana, assim, cria-se uma grande rede de mercadorias, informações e inter-relações culturais entre as mais distintas etnias africanas, existem também um mercado noturno, voltado para o comercio de refeições e pratos prontos e para os solteiros que por não terem uma esposa aproveita a oportunidade para realizar suas vendas e compras, abrindo espaço também para os que não tiveram a oportunidade de venderam sua mercadoria durante o dia, tem-se também os mercados regionais, voltado para atendimento da vizinhança durantes os outros três dias em que não acontecem o grande mercado na sua cidade especifica, e por ultimo, a existência de mercados locais de barracões, geralmente feito por mais velhos, que geralmente não tem condições físicas de carregar suas mercadorias no circuito dos 4 dias de grande comercio entre as cidades diferentes e acabam colocando sua tenda no quintal ou próximo de sua casa.
Pierre Verger, pautando-se numa perspectiva sociológica, estuda a influencia do mercado itinerário de quatro dias dentro do arquiteto ideológico tradicional das sociedades africanas, que baseadas nas linhagens e as nas suas narrativas de origem evocadas através dos orixás de cada etnia presentes no mercado, estabelece um organização social complexa do mercado, a existência de leis próprias, que apesar de existir o policiamento do estado para o cumprimento das regras do mercado, (exemplos, venda de produtos fora do mercado, comprar sem ter recurso financeiro, etc) é de costume respeitar as leis dos mercados que são geralmente fecundadas com a religião, ou seja, a punição vem da própria divindade, que variam de região para região, a principal divindade evocada no comercio e no mercado africano é Exu, o deus da transição, aquele que abre e fecha as portas nas passagens entre o mundo material e espiritual. Assim são feitos várias manifestações de adorações e presentes dados para os orixás, tendo em visto o sucesso no mercado.
O espaço ocupado dentro do mercado é direcionado pela etnia que pertence o vendedor em questão, e o tipo de produto comercializado por ele, formando blocos de mercadorias dentro do mercado, exemplos, vendedores de carnes numa área, de tecidos em outras, consertadores de bicicletas em outras partes do mercado e assim posteriormente com os outros produtos, existe também uma divisão do trabalho nas sociedades africanas que coloca a mulher como a principal articuladora do comercio (mas não somente ela, pois os homens também comercializam), pois é ela a responsável pela venda dos produtos colhida nas plantações, (trabalho geralmente realizados pelos maridos) e compra os alimentos para a família. Essa independência da mulher representa uma forte característica das sociedades de origem ioruba.
Essa produção feita nas fazendas é sancionada de acordo com as estações e são compartilhadas durante todo ano, assim, por exemplo, o óleo de palma, produto típico da região, tem uma produção controlada para que a renda produto dure para todo o ano, o homem tem sua renda através da venda de sua plantação para sua mulher que vendem o produto no mercado e compra outros produtos para sustentação da família, trata-se de um sistema econômico e social tradicional pautado nos costumes e nas crenças dessas sociedades.
Contundo o principal enfoque de Pierre Verger, sobre o cenário do mercado africano, ficou por parte da constituição das redes sociais, esse deslocamento de mercadorias, pessoas e informações, torna-se um contrapeso essencial para relações sociais na África, que segundo Pierre Verger tem uma forte estrutura de compartimentalização, ou seja, diversos grupos humanos ligados a sua linhagem e sua narrativa de origem, no qual sua relação com outro é mediado por essa ancestralidade, nem mesmo a colonização e o sentimento de nação conseguiram destruir a cultura da ancestralidade africana ligada a religiosidade de seus orixás, contundo nem sempre esse relação entre esses grupos humanos foram solucionados ou travados pelo conflito, como explica a tendência dispersadora, como cita Verger ao mencionar a teoria de Durkheim, sobre as relações e os contatos sociais.
Entretanto, lembrando que essa compartimentalização também pode levar a alianças e concentrações, e neste caso, o mercado africano seria o ponto de dialogo e junção dessas etnias de forma pacifica mediada por leis, organizações e costumes sociais respeitados por todos que freqüentam o mercado. O mercado é elo de estabilização das sociedades africanas e é lá que as culturas se misturam e se mesclam com as inovações, mesmo que nunca se perda de vista a tradição, acontecendo de forma gradual e progressivamente, exemplo, as constantes mudanças na moda de roupas das mulheres africanas freqüentadoras dos circuitos do mercado, portanto trata-se de uma estrutura social fundamental, pois também representa uma espécie de “jornal” social, ou de “jornal vivo” para usar as palavras de Verger, pois as informações sobre o cotidiano são rapidamente espalhadas pelos mercados afora, o encontro no caminho de uma cidade para outra de famílias, criam uma verdadeira redes de informações sobre os eventos acontecidos numa determinada região, exercendo também sobre outro ponto de visto, um controle social sobre a vida de cada grupo pertencente a aquele mercado, assim, quando temos acontecimentos privados, como casamentos, festas de divindades de determinadas etnias, nascimentos de filhos, existem ritos ou cerimônias que identificam para todo o mercado um determinado evento social na vida de cada participante do mercado, a função do mercado é de a mesmo tempo de junção, estabilização e concentração e conseqüentemente de controle social sobre a vida privado dos indivíduos que participam dessa rede social fomentada.
Porém essa estrutura do mercado africano vem sofrendo forte impacto com o processo de forte industrialização ocorrido no pós-colonianismo (do século XIX) a compra de mercadorias passou a se dar diretamente no local da produção, acabando a relação comercial entre o homem e a mulher (plantador e vendedor), e a produção voltada para máxima eficiência e exportação acabou com o regime de agricultura sancionado que gerava renda durante quase todo ano para as famílias africanas, assim só resta a compra e venda de produtos, como única maneira de gerar riqueza.
A intensificação das construções de estradas vem diminuindo os espaços entre os grandes mercados, portanto influenciando diretamente na rede social estabelecida de 4 dias de mercados, que devido a grande mobilidade o comercio começa ser realizado em menos tempo, ao mesmo tempo enfraquece os mercados regionais que geralmente ficam com alguns vendedores que não tiveram sucesso durante o dia, além disso vem provocando uma onde de atravessadores que compram a mercadoria diretamente do produtor e vem vender no mercado com outros produtores.
Na América Pré-colombiana, o mercado africano formada em redes sociais não pode ser reproduzido devido à estrutura socioeconômica em que se estruturou boa parte da América, como exemplo o caso da região de colonização Portuguesa, que voltada para agra exportação, tinha no latifúndio sua organização social, onde as cidades geralmente portuárias ficavam muito longe da área rural e o comercio urbano era muito restrito, na Bahia, as baianas que carregavam seus produtos em cestas nas cabeças e montavam tendas de produtos alimentícios como o acarajé, feito de óleo de dendê, representa a herança do mercado local africano, tipicamente realizado nas ruas ou ao redor da casa grande.

Referência:
Verger, Pierre, Bastide, Roger, Contribuição ao estudo sociológico dos mercados Nagôs do Baixo Daomé.

domingo, 14 de março de 2010

Violência: Conceitos, reflexões e soluções para o âmbito escolar brasileiro.

Violência: Conceitos, reflexões e soluções para o âmbito escolar brasileiro.


O assunto violência dentro da sociedade atual brasileira, sempre é visto como um problema diretamente ligado à má educação, especialmente nas esferas das escolas públicas do Brasil. No entanto quando se leva este assunto para a discussão e o debate dentro da escola e da sala de aula, é categórico, no caso; professores, coordenadores e diretores, que o entrave está fora da escola, se querem dizer, advinda de um meio social, que proporciona e propaga a violência no seu dia a dia.
Essa contradição vigente do qual carrega um problema para um determinado lado nos tem trazido para um caminho que visto somente por uns dos lados não trará solução para o problema. Um grande pedagogo chamado Paulo freire[1] nos traz na sua didática a necessidade da escola como meio social, sempre tentando trazer os problemas da realidade para dentro da escola, abordando e analisando sua realidade de forma crítica, no qual essa conscientização é o melhor caminho para se educar essa sociedade. Portanto não é a escola se afastado que irá resolver, mas sim enfrentando-la, pois seu papel instrutor da sociedade não pode ser esquecido para apenas um repassador de conhecimentos ou como nas palavras de Paulo freire, de um “ deposito bancário” de conhecimento, como que se vai a um banco.
Com isso podemos dizer que à medida que a escola se virá para os problemas sociais vigentes, por exemplo, dentro de sua comunidade, ela estará simplesmente se afastando do seu papel formador e contribuindo também para que a violência se concretize ainda mais no seu meio, portanto, a escola também é um meio de transpor a violência na medida em que está se omitem em seu papel interno.
A realidade externa, é lógico, necessita de atenção especial por parte deste problema, pois no neoliberalismo do qual a nossa atual sociedade está inserida, por onde ideologia capitalista de dominação se propaga dentro do inconsciente da maioria da nossa população, colocando-se exatamente na formação dessa desigualdade de renda tão exposta no nosso cotidiano, nós dá sempre uma briga, uma confrontação, entre varias classe sociais por interesses precisamente individualistas do qual a harmonia social é sempre algo muito difícil de intensificar na medida em que a desproporções econômicas e os interesses estritamente individualistas de classes se assimilam. Portanto, teremos neste conjunto o que acaba se tornando praticamente uma “guerra invisível” a nossa vivencia, por onde a violência se propaga em suas diversas formas; física, verbal, social, cultural. Então essa briga por elevação ou para os saudosos Marxistas essa luta de classe vigente no nosso meio social, e sem dúvida um pavio de pólvora que só não explodi pelo controle contornado desta ideologia, do qual, todos nós podemos alcançar a mesma elevação de prestigio social pelo esforço pessoal. No entanto, o meio de conseguir é mais fácil pra uns que pra outros, aonde isto é simplesmente colocado numa espécie de “embaixo do tapete”, e passando a ilusão que todos tem a mesma oportunidade para tudo.
Contudo não estamos preocupados aqui em explanar as armas deste sistema para que se mantenha firme e predominante dentro de um contexto global, mas sim que ela nos traz motivos geradores de violência para o meio que vivemos e que esses problemas são refletidos diretamente dentro da sala de aula, a grande pergunta fica, como lhe dá com essa violência exposta dentro da sala de aula? Como combater e ajudar para uma busca de solução pra este problema?, Digamos de passagem que não está só na escola, mais em todo o meio é que vivemos.
Portanto não é fugindo e nem ditando regras e normas rigorosas de punição como; suspensão de aula, expulsão da escola e outros fins, que se conseguirá a solução, pois se não combatermos com seriedade a problemática da violência dentro da escola ou da sala de aula, está, a escola, se tornará mais um local de explanação da violência.
Antes de responder estas perguntas, temos que deixar transparente aquilo que conceituamos e classificamos do que seja violência. No excelentíssimo texto de Alba Zaluar e de Maria Cristina leal; violência extra e intramuros se explana alguns belíssimos conceitos para o que se designa a ser a essência da violência. Fazendo-se uma síntese sobre varias teses, do qual veremos que a violência é um conceito extremamente heterogêneo e suas diversas formas de exposição dentro da nossa sociedade, isto nos mostra a complexidade do assunto que estamos abordando.
De principio o texto abordar os conceitos de violência que está diretamente ligado a relação de poder, isto que dizer, na medida em que um sujeito passa a ter um determinado poder sobre outro em sua execução de dominação sobre o outro, a violência passa a ser neste caso o meio ou mecanismo que este individuo tem como expressão de seu poder, que neste caso seria a sujeição do outro.
Quem compartilha com essa idéia é nada menos que dois grandes teóricos chamados: Michel Foucault e Pierre Bourdieu só para ratificarmos o que estamos dizendo colocaremos a citação explicita no texto de Zaluar e Cristina que já foi tirado do texto de Tavares dos Santos;

“Podemos, deste modo, considerar a violência como um dispositivo de excesso de poder, uma pratica disciplinar que produz um dano social, atuando em um diagrama espaço-temporal, a qual se instaura com uma justificativa racional, desde a prescrição de estigmas até a exclusão, efetiva ou simbólica. Esta relação de excesso de poder configura, entretanto, uma relação social inegociável porque atinge, no limite, a condição de sobrevivência, material ou simbólica, daqueles que são atingidos pelo agente da violência. ( Tavares dos Santos et al., 1998. IN Zaluar pg: 148)[2]

Entretanto e ainda seguindo essa relação de poder e violência, Pierre Bourdieu formou um conceito especifico para uma determinada característica da violência, ou aquela que se perpetua através dos símbolos, ou melhor, da linguagem, que executa ideologicamente a sujeição do outro, e isto é, o que é feito pelo estado na sua busca pela a harmonia da convivência social, do qual as diferencias que estão claramente expostas para todos são pacificamente aceito por uma idéia de dominação, seria uma espécie de conformismo regulamentado. O que Bourdieu classificou de Violência simbólica. E só pra ratificamos mais uma vez colocaremos um citação de Zaluar e Cristina tirada diretamente do texto de Bourdieu, no qual ele explana o seguinte:

“ (...) poder de construção da realidade, que tende a estabelecer (...) o sentido imediato do mundo ( e, em particular, do mundo social), supõe aquilo que Durkheim chama o conformismo lógico, quer dizer, uma concepção homogênea do tempo, do número, da causa, que torna possível a concordância entre as inteligências. ( Bourdieu, 1989. pg 9 IN Zaluar, pg 148 e 149)[3]

Esta violência simbólica, ou melhor, aquela que se explana pelos símbolos da linguagem e que determinar o poder e regulamentação do meio social, nos remete para uma reflexão do papel da educação dentro da nossa sociedade. Um belo texto que abordar está parte entre a filosofia e educação na prática é o de Cipriano Carlos Luckesi[4] no seu intitulado livro: Filosofia da educação, do qual aborda três funções explicitas para a educação dentro da sociedade; a redentora, a reprodutivista e a transformadora. A primeira, a redentora, vê na educação uma instância quase externa à sociedade, pois, de fora dela, contribui para o seu ordenamento e equilíbrio permanente. A educação nesse sentido tem por significado e finalidade a adaptação do individuo a sociedade. Já a segunda, a reprodutivista, vê a educação totalmente contrario a primeira, no qual, para ela, a educação é restritamente um fruto do seu meio social, portanto, é a própria sociedade que da forma a essa educação, pois deve se reproduzir para manter-se, e a educação é o meio reprodutivo da nossa atual sociedade, já a terceira, a transformadora, tem por perspectiva compreender a educação como mediação de um projeto social. Ou seja, por si, ela nem redime nem reproduz a sociedade. Essas três funcionalidades filosoficas da educação nos levam a pensar em quais delas seria possível à solução para tratar com a violência dentro do âmbito escolar, mas antes de irmos pra parte chave da resolução deste artigo, voltemos pra parte da conceituação do que seja a violência.
Outro grande teórico chamado Georg Simmel, que é um especialista na temática do conflito, vê a sociedade regulamentada justamente por conflitos, pois são estes que criam as normas e as regras que socializar os opostos, que dizer, o embate entre as diferencias sociais não é um violência de imposição de poder, mas sim o meio que cria as regulamentações sociais comuns entre os opostos, portanto, a violência estaria neste caso na extrapolação destas regras que visaria a destruição por completo do outro, quanto física, quanto psicologicamente, Vejamos de novo, nas palavras do teórico a sua tese envolvente a conflito, e o comentário feito por Zaluar e Cristina:

“ Nesse sentido, o conflito contribui para a regulação social, para a invenção de normas e de regras comuns aos partidos em causa, baseadas em idéias partilhadas de justiça, respeito mútuo e espírito esportivo.” ( Simmel, 1995 IN Zaluar) “O autor exclui dessa concepção de conflito socializador as manifestações extremas de violência que não poupam o adversário e tem por objetivo a sua destruição moral, psicológica ou física.” (Zaluar, pg: 150)[5]

Contudo as conceituações de violência ora como simbólicas ou ora como extrapolação da socialização dos conflitos, nos dão uma concepção de que a violência é um mecanismo do meio social, porém essa violência que impera no psicológico não é única a criar um consenso comum social, ou esquecemos que as nossas grandes mudanças de transformações sociais ocorreram através de uma violência física, no sentido literal da palavra, a força bruta, como por exemplos; as guerras mundiais ou a queda da ditadura do Brasil ou a instalação de um regime democrático, tudo isso foi decidido através de lutas que possuem sim um caráter psicológico, mas que sem a força bruta e sem a manifestação da violência física seria impossível de terem acontecidos, Como nos ratificar Zaluar e Cristina na seguinte citação:

“ Pois a violência física ( e não a simbólica) sempre foi empregada, no Brasil e no mundo, para forçar o consenso, defender a ordem social a qualquer custo, manter a unidade ou a totalidade a ferro e fogo” (Zaluar, 1999, pg: 150)[6]

Com isso podemos englobar o conceito de violência em duas esferas bem definidas. A primeira seria a violência psicológica, que incluiria quanto as Teses Michel Foucault, Pierre Bourdieu e Georg Simmel, numa abordagem subjetiva mais que se concretiza nas relações sociais, Já a segunda seria a violência física, expressa diretamente pela força bruta, mesmo que seja guiada pela psicológica não se torna menos importante na formação de senso comum nas relações sociais.
Contudo apresentado um resumo do que seja a violência será necessário respondemos as perguntas que fizemos logo de inicio, de como abordar a violência num sentido de tentar diminuir esse problema na escola e na sala de aula.
Já que explanamos a complexidade do problema, e vimos que este vai além dos limites da escola do qual estamos abordando, mexendo com toda uma estrutura de condicionantes, como: a política, a economia, a sociologia e a psicológica dos indivíduos dentro dos modos em que estes, os indivíduos, se estabelecem.
Iremos, portanto particularizar agora apenas num ponto, a escola no Brasil. O retrato das escolas brasileiras especialmente e precisamente as publicas é de plena precariedade, a falta de recursos institucionais é visível em qualquer escola que se for visitar, além disso, as grandes partes dos freqüentadores ou da população destas escolas vêem das periferias dos seus municípios, e enfrentam diretamente a desproporção econômica e a violência simbólica que explicamos, no qual estes se relutam por uma tentativa de crescer socialmente, já que acreditamos que as pessoas que vivem por exemplo nas favelas do estado de Rio de janeiro sonham na sua ambição eleva-se socialmente, por onde estas procuram soluções possíveis para que isso se possa acontecer, a escola neste caso, teria que se apresentar como solução para esta comunidade, atendendo-se assim aos desejos locais, e por isso, quando a escola se omitem desta compreensão da realidade que se situa, o que se ocorre é a procura por outras meios de elevação social, já que o desejo não acaba por causa somente que a instituição escolar não pode dar, a ir que surge por muitas vezes filosofias diferentes que pode quebrar as normas e regras do conflitos socializantes de Simmel , formado assim a violência dos traficantes de drogas, gangues de ruas e outras organizações, que criam o próprio mecanismo paralelo de elevação social independente da regulamentação jurídica atual, em outras palavras, na ilegalidade, que sugam os indivíduos destas localidades com mais sucesso do que a escola por exemplo. É preciso nessas localidades, criar ações de inclusões sociais fortes que de a esta comunidade a possibilidade de se elevar socialmente por um caminho de educação que acumule conhecimentos, não quantitativos, mas sim qualitativos, querem dizer, críticos de sua própria realidade e conhecedores daquilo que os reger, para que possam adquirir assim a possibilidade de transformação, e para que possa ter consciência, por exemplo, da ideologia que os dominam e os remeter para essa ansiedade por capital.








Conclusão
A solução que propomos seria um pouco da didática libertadora explanada por Paulo freire, levando para dentro da sala de aula e pra escola os problemas da realidade ligada diretamente com uma análise epistemologicamente dos problemas. Entre eles, principalmente, a violência. Junto com as idéias de Paulo freire, colocaríamos para fazer uma coligação a ultima tendência filosófica explanada por Cipriano, do qual, a educação tem que ter uma função transformadora do ser e não apenas formadora essas junção daria para educação um caráter crítico e ao mesmo tempo transformador dos indivíduos, porém sabemos que, o que propomos, é apenas uma proposta de abordagem determinada para especificas situações, não temos aqui um laboratório virtual para testamos os efeitos globais de que supomos, pois estamos tratando de hipóteses, mais não poderíamos apresentar o problema sem deixamos nenhum tipo de solução, pois poderíamos até ser imparcial, porém seriamos incompletos.


Bibliografia básica

FREIRE, Paulo, Pedagogia da autonomia, Paz e terra, São Paulo, 1996.

CIPRIANO, Carlos Luckesi, Filosofia da educação, Editora Cortez, São Paulo, 1994

ZALUAR, Alba, LEAL, Maria Cristina, Revista brasileira de ciências sociais, vol: 16, n:45, Violência extra e intramuros, 2001.









[1] FREIRE, Paulo, Pedagogia da autonomia, Paz e terra, São Paulo, 1996.

[2] ZALUAR, Alba, LEAL, Maria Cristina, Revista brasileira de ciências sociais, vol: 16, n:45, Violência extra e intramuros, 2001
ZALUAR, Alba, LEAL, Maria Cristina, Revista brasileira de ciências sociais, vol: 16, n:45, Violência extra e intramuros, 2001

[3]
[4] CIPRIANO, Carlos Luckesi, Filosofia da educação, Editora Cortez, São Paulo, 1994

[5] ZALUAR, Alba, LEAL, Maria Cristina, Revista brasileira de ciências sociais, vol: 16, n:45, Violência extra e intramuros, 2001

[6] ZALUAR, Alba, LEAL, Maria Cristina, Revista brasileira de ciências sociais, vol: 16, n:45, Violência extra e intramuros, 2001